se quiser saber um pouco mais do mesmo, nada de novo:

Idéias misturadas no rascunho


E agora, José? Negro drama, tenta ver,
A festa acabou, e não vê nada,
a luz apagou, a não ser uma estrela,
o povo sumiu, longe meio ofuscada,
a noite esfriou, sente o drama,
e agora, José? O preço, a cobrança,
se você morresse… me ver,
mas você não morre, pobre, preso ou morto,
você é duro, José, já é cultural,
E agora, José? No clima quente,
sem cavalo preto a minha gente soa frio,
que fuja a galope, vi um Pretinho,
você marcha, José, seu caderno era um fuzil,
José, pra onde? Fuzil...


Carlos e Paulo


Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU)

Os Estatutos do Homem - Ato Institucional Permanente (Thiago de Mello)

CONSIDERANDO que o desprezo e o desrespeito pelos direitos do homem resultaram em atos bárbaros que ultrajaram a consciência da Humanidade, e que o advento de um mundo em que os homens gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de viverem a salvo do temor e da necessidade,
Artigo Final: Fica proibido o uso da palavra liberdade, a qual será suprimida dos dicionários e do pântano enganoso das bocas. A partir deste instante a liberdade será algo vivo e transparente como um fogo ou um rio, e a sua morada será sempre o coração do homem.
Artigo 4
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escravos estão proibidos em todas as suas formas.
Artigo IV Fica decretado que o homem não precisará nunca mais duvidar do homem. Que o homem confiará no homem como a palmeira confia no vento, como o vento confia no ar, como o ar confia no campo azul do céu.


Eles e nós


Se tu falas muitas palavras sutis

Se gostas de senhas sussurros ardis

A lei tem ouvidos pra te delatar

Nas pedras do teu próprio lar

E o operário ouviu a voz

De todos os seus irmãos

Os seus irmãos que morreram

Por outros que viverão

Uma esperança sincera

Cresceu no seu coração

Se pensas que burlas as normas penais

Insuflas agitas e gritas demais

A lei logo vai te abraçar infrator

com seus braços de estivador


E dentro da tarde mansa

Agigantou-se a razão

De um homem pobre e esquecido

Razão porém que fizera

Em operário construído

O operário em construção


Chico e Moraes

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