se quiser saber um pouco mais do mesmo, nada de novo:

Militar condenado e declarado torturador

Um grande passo na luta por Justiça
Carlos Alberto Brilhante Ustra, coronel reformado do Exército, foi responsável pela tortura dos integrantes da família Teles, durante a ditadura civil militar (1964-1985). Assim entende o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) que hoje (9), expediu sentença em que julga procedente o pedido de declaração de responsabilidade de Ustra pela tortura dos ex-presos políticos Maria Amélia de Almeida Teles (Amelinha), César Augusto Teles e Criméia Schmidt de Almeida, que sofreram os abusos no DOI-Codi paulista, nos anos 1970, na época, sob o comando do coronel. Para Aníbal Castro de Souza, que, juntamente com o jurista Fábio Konder Comparato representa os Teles, a decisão do TJ representa uma grande esperança e uma grande vitória para a democracia. "O Brasil, por intermédio do Poder Judiciário reconheceu o direito à verdade acerca do ocorreu efetivamente nos "anos de chumbo". Com isto, consolida a democracia para que todos saibam que ninguém pode agir à margem da lei. A lei de anistia não pode ser um escudo contra impunidade daqueles que desonraram as Forças Armadas", afirmou. Castro comemora a decisão inédita da Justiça brasileira. "Pela primeira vez na história do país, houve o reconhecimento judicial e, portanto, oficial, do Estado brasileiro de que um militar de alta patente teve participação efetiva em torturas contra civis. "Já houve outras decisões reconhecendo indenizações a pessoas torturadas, mas todas eram contra a União Federal enquanto ente jurídico", afirma. Nós que lutamos por Justiça, nos sentimos contemplados com esta decição histórica! Atualmente Amelinha é ativista da causa feminista, na União de Mulheres e PLP - Promotoras Legais Populares.

Um comentário:

Rô Martins disse...

Esta semana ouvi de uma querida amiga (mais vivida... seus 67 anos), que nossa juventude anda sem perspectiva, não tem porquê lutar... já que em sua "época" lutava pela redemocratização...
Ora, fui obrigada a discordar, pois minha geração (já na fase balzaquiana...) tem sim, por quê lutar... Por milhares de coisas: pelo fim de todas as formas de preconceito, pela emancipação das mulheres, pela igualdade de direitos...
Olha, não é à toa que a Amelinha é uma das minhas "ídolas"!!!